quinta-feira, 21 de janeiro de 2016


VENCÍVEL


O passado fez-me ser também
não servindo agora para lutar
contra os ataques que olho ao luar
aceitando as mudanças que requerem
em ser o que nunca fui no passado
sem o escudo protector para a ilusão
enfrentar uma vitória com o nada nas mãos.
Uma presença ilumina uma imagem a preto e branco
salvo-guardando as memórias que resta
como ninguém as teve por alguém especial.
Estou sempre a lutar por algo frontal
contra a confidência que desperta
o desconhecido que nunca usei
com a sombra enevoada diante dos olhos
fazendo as despedidas com sorrisos
e, depois; a frustração de uma feliz liberdade
olhada nos olhos sem perdão nem piedade.
Cativo a sobrevivência do meu sonho
que finda com o tempo de um velho amigo
fiel às programações que encara
com o Sol e a Lua quando se encontram
no sítio isolado com o mais difícil.
Sou livre num espaço limitado ao azul
que me ressuscita a alma perdida em vão
nos negros dias que não consegui largar a pele
pela estranha história da incerteza
de aguentar com tudo que cai de firmeza
nos ombros desarmados à fortalidade
com o sofrimento inesperado sem experiência
quando tudo é novo ao acordar
imaginando os anos a crescer para relembrar
o passado que surgiu de uma infância.

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