quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


RETORNO


Sou feliz nesta dádiva da Natureza,
receber os lugares mais hostis.
Como é bom sentir a água; a sua pureza;
percorrendo o corpo sob o som dos Pixies.

Viajando no tempo ácido, alucinado,
resistir ao cavalo das armaduras
que galopa sereno por entre as bravuras, desalinhado
sermão por entre a soirée côncava.

Saltar de imposto para imposto
declarado pelos capitalistas o rendimento mínimo.
Sufocados pelo oxigénio das árvores que implantam
sacrificando a vida para o próximo.

Desejo solitário que me invade
sobre a imortalidade excêntrica
no qual me acaricia com um olhar de suspense.

Excelentíssimo patriarca:

te desejo que sejas milionário,
que te ilumine de exuberâncias,
e, possas ver, vezes sem conta, o extraordinário
pôr-do-sol nas Canárias.

E três urras a Portugal
aos que não juraram bandeira
não dando prejuízo a Portugal
conquistando em terra algum a bandeira.

Sobrecarregado no círculo vicioso
sinto-me omnipresente, olho em volta,
e pergunto: -O que é que há de mais precioso
a não ser a sobrevivência nativa?

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