Maria - É claro, que há coisas que são indispensáveis como o futuro nos apresenta.
José - É maravilhoso não sabermos o futuro.
Maria - Quando não existe uma imagem para exemplificar, torna-se menos criativo, mas com mais adrenalina para o exterior.
José - Sim. Com a evolução que corre, a imaginação já é uma perda de tempo, o imediato e o mais bonito, visualmente, é a cultura actual, não importa o empenho cultura. Ainda estamos no meio da propaganda comercial e cultural, quando deixar de existir os inovadores de décadas viveremos num horizonte virtual para com os descendentes.
Maria - A vida torna-se mais competitiva que não conseguimos controlar.
José - Todos nós, queremos quer não, vendemos-nos por um trabalho de que gostamos, mesmo que não gostamos, acabamos por gostar o que esse trabalho nos recompensa nos bens essenciais.
Maria - Lembras-te, do café do pinhal na margem do rio?
José - Sim, um lugar fantástico.
Maria - Gostava de revê-lo, sinto que há algo mágico nesse lugar.
José - Um sítio sossegado e selvagem.
Maria - Há poucos sítios que ainda o são.
José - É pena ser um sítio perto para tirar férias.
Maria - Os dias são sempre iguais, só o nome é que muda. Vamos a uns bares e depois a discotecas e assim se passa um ano. Se não nos conhecemos-nos os dias seriam bem piores, andávamos perdidos nesta cidade.
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