domingo, 26 de julho de 2015



José - A televisão é só novelas, concursos; programação para encher.
A melhor programação só dá fora de horas.

Maria - Pelo que parece vivemos numa época de ouro, sem interesse social, cultural.

José - O que é que estes problemas tem a ver comigo, se ele ganha o concurso ou perde, com quem é que ela vai casar, os filmes sei decore e os que não vi dá a altas horas, os debates ninguém se entende.

Maria - Defendem a audiência e não a imagem.

José - Também defendem a imagem, a imagem do sucesso. O trabalho infantil na televisão não é crime é trabalho artístico, o contexto do programa não é violento as imagens é que são.

Maria - A necessidade da televisão é psicológica, procuramos algo que esquecemos utilizar na vida quotidiana e quando a utilizamos às vezes é em demasiado.

José - Vamos mudar de assunto e desligar a televisão.

Maria - Está bem, se não temos a ver nem a ouvir não há necessidade de sermos audiência. Como é que a ficção entra na realidade?

José - É simples. Antes de nos conhecer-mos sonhávamos encontrar alguém que não sabíamos como era fisicamente, imaginávamos o melhor ou o possível que se adaptava à personalidade de cada um. É tão fácil a ficção ser realidade, como o inverso.
O acto de transformar acontecimentos que não existe na vida real leva-nos a ter uma ideia que já existiu imaginariamente, que por vezes é exposta podendo existir, isto é, se eu criar uma personagem que te identifique, essa personagem é ficção passando para uma realidade; ou se eu te explicar um acontecimento meu, para ti é ficção.


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