quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


UM SONHO, DOIS PESADELOS


Olhei para o horizonte
escutando a cascata,
o vento que passa nas árvores,
o cantarolar da passarada.

Deitado na relva
a saborear uma tal melodia
que me eleva
num sonho que percorria.

Percorria
até não acordar,
percorria
até o Homem não se clarificar.

Sonhas com a grade,
com os afluentes negros,
com um mar de crude,
com um céu aberto,
com um oxigénio repugnante,
com uma crueldade aberta.

A Terra pertence-te?
Qual a razão para merecer-te?
Talvez seja o dinheiro que A converte?
Ou a beleza amarga-te?

Sem comentários: