UM SONHO, DOIS PESADELOS
Olhei para o horizonte
escutando a cascata,
o vento que passa nas árvores,
o cantarolar da passarada.
Deitado na relva
a saborear uma tal melodia
que me eleva
num sonho que percorria.
Percorria
até não acordar,
percorria
até o Homem não se clarificar.
Sonhas com a grade,
com os afluentes negros,
com um mar de crude,
com um céu aberto,
com um oxigénio repugnante,
com uma crueldade aberta.
A Terra pertence-te?
Qual a razão para merecer-te?
Talvez seja o dinheiro que A converte?
Ou a beleza amarga-te?
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