sexta-feira, 22 de janeiro de 2016


ESPELHO CONSCIENTE


Que movimentos actuam
quando estou parado a olhar
para o silêncio perpetuado
com o rasto orientador a passar.
Alertando os sonhos adormecidos
para a liberdade esquecida
dirigida aos nossos senhores
o alento de continuar a revolta.
Quando não oiço palavras minhas
o que diriam a esta sociedade
paralisada de hipocrisia
escondida na imaginação pendente.
O que surge depois de terminar
a investigação que estive presente
livre de todo o vírus a gerar
sobre um assunto fixado no consciente.
Fiz isto, diz a minha memória;
nem acredito, diz o meu orgulho.
Reparo em mim a falar solitário
com o sucesso em frente ao espelho.
E assim digo qual a sombra que odeio
rescrita para um papel liso em branco
dizendo constantemente sem paleio
para uma esquecida memória com calo.

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