quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


CONVALESCIDO


A nossa vida está por uns tostões
quando podia valer uns milhões,
por trás de um sorriso
ocultam-se traumas, a hipocrisia.

Duma pátria de amores indiscretos,
pela multidão dum olhar solitário,
reagindo às convergências que se dirige
à decadência que reside.

Não somos donos de nada
a nossa vida está hipotecada
pela sobrevivência
sobre o espelho de uma aparência.

Sentimos-nos inseguros
a tremer por dentro
das bombas políticas
dos aliados amigos.

Cidadão aliado de uma pátria
que não gostamos de ver criativa,
esculpida pelos mísseis
controlados por megabytes.

Digam-nos a verdade baseada
por um futuro renovado
de ideias políticas
por entre trilhos, as montanhas.

Não temos acesso ao confidencial
do sistema fatal
reunidos pelo consumismo
do P.S.D. e do Socialismo.

Sem nome, sem rosto,
anunciado por uma voz alta
chega através da escuridão
confraternizado num oásis de solidão.

Desesperado e desvanecido
vê o Mundo a morrer aborrecido
pelos anos que nunca mudou
ao seu olhar; circundando
uma cerca dos seus rebanhos
onde pastam na terra dos ricos.
Renderam-se como (es)cravos
para representações do Estado.

Como podeis vós esgotar
o qual seria inesgotável a forma de amar,
por entre fronteiras
em que faziam as fogueiras.

Imaginem se não houvesse nome,
se não houvesse o prenome,
as palavras que nos fazem compreender
as formas do prazer.

Se não houvesse nada
para além da manada
distante e perdida
no labirinto convertido.

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