quinta-feira, 17 de julho de 2014




TIRA DEZ METE CINCO


Houve construtores na terra de ninguém
ambicionaram e apoderaram-se das leis
tornando o poder nos enriquecimentos dos fieis
a chefia protege-os bem às notícias do recém.
Elaboram a estratégica de responder ao povo
com as forças de lutar pelo o sustento
roubando o pão da boca, e o sofrimento
das promessas de um futuro do actual motivo.
Dinheiro para pagar a dívida ficando na dívida
algum é fundo perdido no meio de tantos zeros
o país vive o inferno da crise de números
da ganância de uma ajuda para lucrar a palmada.
O Governo está pobre, os governantes estão ricos,
o povo trabalha de sol-a-sol e não vê dinheiro
tudo para impostos e para impostores saindo do sério
a nossa obrigação é não escapar aos empréstimos.
Somos manipulados por uma política capitalista
e dizem que o país está em crise e sem produção
de quem é o maior erro no feitio da correcção
andamos a pagar neste país oportunista.



SIGNATÁRIO


Lá por saberes as regras
não quer dizer que saibas jogar.
Lá por saberes todas as jogadas
não quer dizer que saibas acertar.
A moral pode ser compreendida
mas nunca deixa de ser estudada
como os estudos são matéria complicada
nesta simples vida de uma lei taxada.
Somos impostos a uma norma
reclamando sem votar numa opinião
levando a paciência de toda a forma
nos direitos de quem tem a solução.
Quem manda procura o acordo
do seu valor tirado fora o desaire
a volta não está nas nossas mãos decidido
a um superior tirando-nos a liberdade.
Estamos presos às leis e aos acordos
chefiados por neutros pensando no futuro
que estão por tempos remotos abandonados
à responsabilidade do signatário.




PODERIO


Uma sátira pode desencadear uma guerra
o mundo democrático não é compreendido
pelo mundo em ditadura protegendo a palavra
desta história contada e escrita sobre o seguidor.
O Sagrado é intocável e a Honra homenagem
de um povo nativo de tradições seculares
na educação de um bom exemplo no grito selvagem
pela revolta da suposta guerra de opiniões.
Há-de haver sempre racismo entre pessoas
olhadas fixamente na dúvida ser verdadeiro
a palavra, a imagem, define as boas-vindas
de uns e outros por instinto do poderio.
És uma ajuda para inovar a imortalidade
um sentimento familiar eliminado pelo o inimigo
cai por terra a proibição de uma outra realidade
acreditam na existência de um livro de papiro.
Elaboram uma crença de motivo moral e de salvação
"arma não mata; quem mata é o homem",
defendem o orgulho nacionalista na comemoração
o insulto transfere retorno para quem se cruzam.




PRESENÇA DIGITAL


O meu eu documentário
nesta forma de recordar
vai ser electrónico
livre a adicionar.
A presença fica guardada
nos dados tecnológicos
ao expor numa perseguida
de saber os teus hábitos.
O Big Brother olha por nós
protegido atacado perseguido
num refúgio das divulgações
tudo se fazia à luz do pêndulo.
A volta é um dia a mudar
novas caras aparecem
ninguém sabe que a rua faz mudar
novas caras desaparecem.
A pesquisa tem a sua demasia
há de tudo inocente e predador
o anónimo afugenta a ideia
da liberdade ignorar o tentador.
Querer ser a presença existente
gravada num portal dimensional
de longa duração efeméride
no globo num clique digital.

quarta-feira, 16 de julho de 2014




SOPRO REFLEXÍVEL


O meu estado de espírito é reflexível
dentro de uma página branca para dizer
a opinião a outrem no sopro combatível
de esperança ao ser visto e entender.
A explicação demora tempo debatido
com o medo de errar a lógica de agir
protejo a palavra com palavras de um mudo
o limite leva a pensar no vazio em corrigir.
Levo o pensamento para longe dos olhares
na procura de um espaço neste grande lugar
manter-me vivo nesta paixão em estares
ao meu lado nos bons caminhos a tracejar.
A tua vida é o meu amor sem sofrer mais
és a minha euforia de viver ao meu lado
um dia compreendes o que sentia a mais
na tua força de existir sempre ao meu lado.




ESCRITA


A escrita deu-me uma visão desconhecida
narrada numa vida prolongada
deixar uma mensagem do meu espírito
para o estranho caminho do conhecimento.
Encontrar-me na ausência da imaginação
levar-me palavra a palavra de posição
em libertar uma energia em torno
do imaginável pensativo e uno.
Realizo uma viagem por entre o abstracto
concebido aos meus olhos de espanto
de ter algo em dizer como fonte inspiradora
em meu ver a elaborar a parte transmissora.
Sinto a clareza da minha pessoa original
passo a razão da vontade sentimental
coordenada numa rota habitada na mente
preenchida num espaço visível ao proveniente.
Partilho uma opinião com o devido respeito
triunfando um objectivo louvado de afecto
por uma voz divulgada a uma leitura
do meu pensamento a decifrar a partitura.




ESCRITA APARENTE


A minha escrita tem um poder
em mim quando leio mais tarde
faz-me pensar profundamente
na inquietação ao adormecer.
Estranha piedade periódica
ao salvar num papel em branco
a dita e a desdita do irónico
que escapa às leis da política.
Não se pode salvar a aparência
mesmo que a cura seja a juventude
cara lavada em água suja e mole
apagando o dia de ontem pela presença.
A imagem é definida por regras
os costumes são escondidos como maus
a reputação tem os olhares presos
a negação resulta na soma das palavras.




DIÁLOGO PROPÍCIO


O que aprendi posso voltar atrás
abrindo a escuridão à claridade
movimentada pelo que acreditarás
a mudar a transição da realidade.
Analisa o contexto do diálogo
numa frase descrita num papel
um sorriso em estar contigo
são estes os meus sonhos de ser fiel.
Acreditarei na minha inteligência novata
superarei o vazio do meu interior
nas vastas planícies a deixar a data
como marcação do meu dia inspirador.
A solidão não é tão só para mim
posso escrever, inventar e ler
neste propício em lutar por mim
construir-me numa forma de ser.
As primeiras opiniões são as causas
do entrelaçado escrito pelas minhas mãos
seguindo o ritmo das breves palavras
revelando um segmento de escritas.




MAGNETISMO SINCRONIZADO


Esperamos que o tempo passe
nas horas infinitas da solidão
procurando uma forma que ultrapasse
o menos bom dentro da imaginação.
Um significado compreendido
por naturalidade no âmbito humano
prosseguido por um ser desenvolvido
a ascender o envolver ânimo.
Respostas abstractas definidas
à complexidade da emoção
contida nas origens ocultas
a defender o medo da protecção.
Sinais profundos e sincronizados
com as palavras de uma lógica
que nos leva a acreditar nos egos
de um presságio no global da mística.
Respeitado fôlego dentro de nós
suspirado no alívio dos prodígios
atraídos pelo magnetismo dos pólos
originando a força dos vestígios.
 



FACE DUPLA


Os cultos são eternos enigmas
descrevendo uma energia harmoniosa
entre a pessoa baseada nas crenças
de um poder na palavra milagrosa.
A filosofia apaga-se na mística
a magia das palavras resplandece
num pensamento a entender a lógica
da existência de um ser que concebe.
A imaginação é maior com a vida
tem muitos sonhos que acreditam
na formação da ambição realizada
agradecer ao esforço que conquistam.
Caminhar na linha do horizonte para chegar
a um limite de pura Fé na manifestação
pelo desejo de estranhos a chamar
o prodígio permanente com uma emoção.
A Natureza tem o instinto de acreditar
em algo superior ao humano omnipotente
recriando a face dupla a ressuscitar
uma outra alma de espírito latente.




LÁGRIMA DA REVOLTA


Não imagino o que tenho
mas imagino o que conquistei
um dia o pensamento é rei
neste condado de onde venho.
Agora quero ser o bobo da festa
a minha cabeça não quer ser coroada
nem ser algum prémio de caçada
solitária consciência desperta.
As alternativas são jogos de doer
feridas que se cicatrizam com os medos
de vencer o derrotado nos olhos
a ver a lágrima da revolta a escorrer.
As brincadeiras dos adultos são duras
muda o tipo de nível de dificuldade
tanto ganhasse como perdesse na idade
encobrindo por um fantasma às escuras.
As emoções são tristes e violentas
quando não se ama em nós próprios
todos os problemas voltam contra nós
a solidão é o refugio das nossas lutas.
Vencer o medo é a grande vitória
neste violento Mundo que enfrentamos
sem tocar na espada dos soberanos
dada como protecção da pátria.




BOOM


A pessoa aparenta a sombra
através de uma luz inspiradora
neste lugar adjacente à origem
a presença descobre a viagem.
Parecidos a mim existiram muitos
e outros que descobri nos acasos
amizades próprias de longa duração
a conquista vem por concretização.
Valor inesquecível aos limites
de confianças psicológicas existentes
com um conselho no seu ouvido
na distância sobre um olhado.
Apago um rasto menos bom
descubro outro caminho e vou
procurar o destino esquecido
e relembrar o mais lembrado.
Memorizo a minha vivência aparente
na dependência de um resultado entre
a imaginação e a realidade viva
diagnóstico uma leve ideia relativa.
Apenas uma ideia entoando no bom som
revelando o ritmo decorrendo o boom
na largada da privacidade pela idade
o momento faz-se na maturidade.




MEDOS


Tenho muitos medos que me fez ser forte
no retorno da liberdade de problemas
sigo o destino com o momento pendente
tornando o resto nas breves histórias.
O medo encoraja a fraqueza escondida
saindo em forma de raiva para os opositores
que são parecidos à forma encorajada
das defesas e dos momentos reveladores.
Escrevo ditos optimistas à minha pessoa
fazendo todo o sentido permanente
parece que o mundo parou na hora
o que existiu ainda existe no constante.
Lentamente a vida passa de testemunho
as mudanças verbais são ligeiras alegrias
a esperança desvanece na árvore que tem ninho
os valores são mortais amuletos das provas.
E quem diz quem ficou lembrado aos imortais
desta passagem desencadeado de batalhas
sem subestimar o adversário dos confins
puxa esta corda que largas as várias forças.




REVERSO PERFEITO


Direitos devolvidos pelos deveres
dada como constrangida a obrigação
o tempo tem as recordações preliminares
as minhas a vida dirá à afirmação.
Recolho algo que vem ao meu alcance
liberto a barreira oposta no percurso
mais difícil de caminhar na outra face
o objectivo imaginativo é o reverso.
Sem a parte má não havia a parte boa
gestos com o feitio de cada qual
pretender ser sociável por boa
pagando através da má parcial.
Não quero nada de cá a não ser meu
passando por invisível o passado longo
mas de curto espaço de tempo que sou eu
a minha presença interroga o algo.
Deixo um vestígio da minha pessoa
na procura do descobrimento do invento
em fazer esquecer a frase que soa
a familiar num pensamento perfeito.




REVER


Estou a aprender a viver
neste círculo cruel de fogo
dentro de um corpo a rever
através do ciclo repetido.
Ombros fortes ao impacto
desenvolvendo estruturas
para proteger o tacto
das simples aventuras.
Estranhas reacções à realidade
manipular o psicológico
na condição de ser reverente
a aprender o alegórico.
A simples razão de conseguir
apanhar a linguagem Universal
abstracta comunicação de unir
a posse de um dialecto formal.
Força corporal de directrizes
a percorrer o sentido a entender
o segredo confiado aos juízes
sentenciado o querer.
Ambição de conquista pessoal
projectar o âmbito vocacional
realizando o ego mental
a pensar como foi Universal.




POEMA ILEGÍVEL


A liberdade de expressão é mistificada
pela ramificação do alvo imbatível
pertencendo à alteza sagrada
de palavra absoluta ilegível.
A comunicação depende do prometido
para a acção em fazer realizar
o concretizado que tirou por imaginado
nesta ideia de alucinações a pensar.
Pensamentos abstractos de puro prazer
dentro de uma área de reconhecimentos
preliminares ao assunto a debater
a forte razão de esclarecer os pontos.
Declamo os poemas ao longo do tempo
o diálogo tem motivações permanentes
nesta divulgação de termos repetidos
a descoberta dos impulsos presentes.
A compreensão leva a uma abordagem
sistematizada por actos registados
aos elementares louvores de homenagem
de respeito abrangido aos dignos ditos.




CRÓQUIS


Posso escrever a minha história
preso no abismo e na concretização
projectando nos ermos a ira
nos percursos incertos na abstracção.
A escolha parte do sim e do não
descobrindo o instinto do destino
nas directrizes que levou o coração
do olhar sociável ao meu estimo.
Somos todos imprevistos no ser
defendemos os erros humanos
o preço é a nossa espera a ter
pagando a presença dos louvados.
Ter força para lutar nos confins
em todos os lados em libertar
a força de conseguir os seus fins
a melhoria consiste em consagrar.
Damos o nosso melhor sem recear
pelo desconhecido da vivência prematura
distinguida de frente a encorajar
supondo se foi a ideal conjuntura.




SINAIS


Os sinais são como tesouros
a resplandecer o valor afortunado
no horizonte que divide os muros
a quererem a luz premeditado.
A sorte é a face inversa da inveja
distinguida numa formação igual
do protagonista por onde veja
o seu ponto de vista parcial.
Esconde a lágrima no sorriso
de alegria e tristeza do olhar
profundo de vida para lá do juízo
puro prazer sem pensar.
O sonho realizado é esquecido
por trabalho nesta fama silenciosa
abrangendo a escala de um projecto
construtivo na planta misteriosa.
Abraço o tempo vivo por mim
a cada pessoa um respeito sentimental
desenvolvido no conhecimento do fim
de uma abertura ao passo final.




MISTERIOSA CONQUISTA


É disto é daquilo.
Se não fosse assim, seria?
A vida é feita do imprevisto
resumindo a uma parceria.
Desenhamos e contornamos
os obstáculos do presente
pensando na forma dos desvios
que caminhamos ao longo da idade.
Aproveitar as oportunidades
surgidas ao acaso  ao estudo
nas reacções elementares
equivalentes sem tudo estar aprendido.
Para quem vive haverá evolução
na contraditória da breve opinião
criamos um corpo da conclusão
a supor a suposta afirmação.
Errar faz parte do progresso
definir a direcção certa
o horizonte é longínquo
de difícil prometida conquista.

terça-feira, 15 de julho de 2014




"FATUM"


A infância (não) retrata sobre nós
o espelho da personalidade
em que os anos mostram os ós
sobre esta face da liberdade.
Agimos com o "fatum", que dissolvem
nesta importância que nós temos
por mais que magoem
sem receio aos pensamentos supérfluos.
Adepto de quem goza connosco com o tempo
das estranhas comédias que coordena
os sonhos decorados através de planos
habitados numa pequena caverna.
Secreta profundeza insólita
conduzida à perspectiva mais verdadeira
quando pensamos com a situação pautada
até ao último carácter que suspira.
Mudaram os carros que brincávamos
nesta passagem rotativa, desencadeada
por mudanças que olhamos como mudamos
os anos com saudades acrescentadas.
Sentir emoções de grande estrondo
abanando as nossas raízes enterradas,
de origens renovadas coexistente num monólogo
condicional, de sermos famosos num mundo de estrelas.




REACÇÕES VAZIAS


Nós somos o que as pessoas vêem
afinal não somos como nós vemos
libertamos uma euforia que crêem
mesmo na piada que sorrimos.
Será que conhecem-me bem
ao que faço transmitir
será que conheço-me bem
ao que faço reagir.
Lado obscuro escondido no invisível
a estranha parecença torna-se sociável
lado escondido de concreto e variável
tornando a comparação inquebrável.
Antes quero ser mal falado
do que nunca ser falado
erro mais quando sou falado
aprendo mais quando estou calado.
Os passos silenciosos só trás recordações
rastos que não sei as direcções certas
os meus olhos só vê as coisas por opiniões
oportuna oportunidade de reacções vazias.




NEBLINA VELHACA


Embarcar na madrugada fresca
aprendo a conhecer quem lá vem
por entre a neblina velhaca
nesta rotativa rota de uma viagem.
Nunca deixo de ser criança
de uma outra compreensão dos sonhos
para uma idade adulta, de presença,
de um suporte suportado por adornos.
Ser parecido neste meio complicado
ver o Mundo girar em torno do nada
que absorve numa causa que é igualado
quando já o sou nesta chuva renovada.
Ter planos, mistérios para descobrir,
e, outros por descobrir, desde que nasci,
que me alinha por vezes a ferir
transcrevendo uma das liberdades, que decidi.




PROVENIENTE


Nos sítios dos maus momentos
também posso viver e aprender
nos trilhos descendentes de estatutos
dos jogos para o preveniente remover.
Penso no silêncio do inconsciente
revoltado pela brisa do vento perseguida
com a minha sombra no espaço desenhante
marcada pelo rasto de uma pequena vida.
As palavras forma o imaginário e o real
na coerência e na credibilidade da mente
interiorizar o consciente conselheiral
o ego parte do conhecimento permanente.
O erro, o abismo e a conclusão
faz de nós a nossa vida imperfeita.
A força, a coragem e a determinação
faz de nós a nossa vida dotada.
Sem o mal e o bem não sabias
o que era o objectivo e a realização
unicamente supostas incógnitas
o proveniente é o fruto da obrigação.
Assisto com a minha vida ao que sou
esteja na ficção ou na realidade
os sonhos e os pesadelos modificou
o debate contra mim do meu presente.
 



CÓDIGO


Lá por não perguntar
não quer dizer, que não quero saber,
apenas, não te quero recordar
o momento que queres esquecer.
No fundo, mais tarde ou mais cedo,
tu sabes ultrapassar o desafio a respeitar
também quero ter notícias de bom creto
de qualquer pessoa que nunca soube abandonar.
Em nós temos uma face negra
a lutar contra uma face branca
e o resultado volta à peneira
separando o que não agrada.
Devolvemos sentimentos sincronizados
ao contraste de ser semelhante
elogiando o permanente de olhos fixos
naquilo que vai ser corrigido atentamente.
Desperto o esquecido para outros
fazendo-me conhecer às alternativas
como meio de tradução ao atroz
lembrando as atitudes apelativas.
Cada pessoa tem uma recordação minha
eu tenho uma recordação de cada pessoa
querer igualar o rasto por onde caminha
no momento presente de uma hora boa.
Agarro a sensação de existir, e não nego
pelo que ultrapassei ao sinalizar
a simbologia decifrada sobre o código
ajudando a ultrapassar, a modificar.




LINGUAGEM


A sabedoria prevalece a loucura
demonstrando a realidade incompreendida,
até por ela própria, ao ser estudada
de afinco numa certa e determinada altura.
Corresponder a expectativa correspondente
em seguir a sua moral a aperfeiçoar
com as diversas experiências que tem de subestimar
em relação à contemporânea filosofia permanente.
Conjugar as afirmações de forma pensável
criando uma sensação de puro absoluto
sublinhar as frases fixas de variável
sustida num folgo dentro do pensamento.
Agir com a metáfora do diálogo pronunciado
desenvolvido nas imagens para a ficção
resumir a análise de servir como destinado
à incógnita de precisão pela frequente avaliação.
Sobressaindo as qualidades sobre a homenagem
ao transparecer as emoções contidas
na forma apresentada servindo de linguagem,
narrativa ou divulgatória; dando transferências de ideias.




PASSOS


Uma extremidade de um ponto ao outro
desenvolve uma sintonia equivalente
a um movimento criado como membro
em preencher cada passo em frente.
Caminhar com diferentes passos evoluídos
na descoberta de serem supérfluos.
Lembrar que já existem e outros esquecidos
o quanto foram e serão valiosos
na abreviatura de uma década
numa certa forma difícil de aceitar
o que foi rebelde na acção decorrida.
Girar em torno da repetição a mudar
as atitudes que era posta de lado
à comparação de ser e não ser aceite
na forma apresentável do educado
à contraversão da avaliação frequente.




PERCEPÇÃO


A percepção da própria ideia
recria uma atmosfera singular
compartilhada por uma ideia comparativa
que a torna quase idêntica ao contar.
O aceitar e o não aceitar
deixa dúvidas em o fazer, se deve
alinhar em conjunto sem recear
o comportamento da recente atitude.
Tornamos-nos nós próprios por outras pessoas
ensinando o nosso primeiro passo
que será igual para as descobertas
e diferentes no surgir de um invento castiço.
O conceito forma a semelhança
projectando o imaginário que nós somos
isento da total rejeição da parecença
através dos cinco sentidos.
Declarando uma realidade composta
pela existência tornada como elaborada
designando a perspectiva pré-adulta
sobre uma consciência estudada.
O valor resume-se a uma imagem
dada como finalizante para com o ego
esgotando as palavras da arbitragem
em pronunciar o que serve de eco.




MEIA CENTENA


Nós queremos que a nossa voz
seja ouvida por todo o inquérito
procurar uma solução para o atroz
somente inovador ao propósito.


A bandeira pode-se virar ao contrário
nas fases das velhas depressões
esperar que chamem no convocatório
para as mesmas posições.


Lastima de situação apresentada
pelo nosso esforço a pagar
nas prestações até não houver nada
cada história aparece para contar.


Tanta coisa a fazer bem
sem mexer nos nossos bolsos
fechando as portas do bem
em dar-nos o olhar dos olhos.


Riqueza de meia centena governada
com bode expiatório às promessas
a acabar de concluir a parada
de quanto querem pedir quantas notas.


A pobre presença fica recordada
e reconhecida pela grande raiz
críticos que escreveram em data
inspirados no sofrimento de um país.




BANDEIRA


Oh, terra amada
que tanto nos roubaste,
e, que tanto nos ofereceste
na forma de adorno adoçado.


Pintaste a revolução nos muros
escrevendo mensagens proibidas
provocando euforias
até nos segredos secretos.


Dar coragem até ao fim
cantar o Hino Nacional
jurar a bandeira para ser imortal
desmotivar as tristezas do motim.


Agarrar esta Bandeira
solicitadora com o futuro
de nunca deixar desistir no fluxo
e prosseguir com toda a garra.


Por fim, será a prioridade
em construir as cores da Nação
manter toda esta paixão
em fazer frente à modernidade.




AUTORITÁRIA FISIONOMIA


O Mundo é uma guerra muito grande
para ser mudada assim de repente
em melhorar os melhores métodos;
os pobres e os ricos serão unos
para fazer mudar o permanente
abolido do que faz ser existente
num progresso advertido ao futuro
que questiona o desenvolvimento prematuro.


O pobre e o rico não querem ser invertidos
o dinheiro faz a corrupção de capitalismos
a evolução é tão grande e o poder também
recriando a desigualdade dos que vivem
dentro da pobreza; dentro da riqueza;
muito difícil será em criar um ciclo nulo de fraqueza
perante a hipocrisia que ambiciona o dinheiro
servindo indirectamente de transporte pioneiro.


A eficácia em ser perfeito altera a fisionomia
de um comportamento que trouxe a perícia
para um julgamento adicionado a um veredicto
tirando a conclusão do que é correcto
na afirmação autoritária da sua classe
alinhada numa formatura por quem esperasse
no outro lado oposto a olhar nos olhos
pedindo a esmola que temos nos bolsos.




VOZ


Onde está o dinheiro até agora feito
nesta crise Mundial admitida
o único indestrutível documento
numa omissão nunca omitida.


O pobre ficou sem investimentos
o rico investe para o rico gastar
a evolução não tem os mesmos ritmos.
Será que o tempo vai acabar?


O passado lembra uma história
consciente e dizer: "Já tive meio Mundo"
através deste país da retórica
atribuída a um povo revoluto.


O pior pesadelo de se sustentar
o pão aumenta o ordenado é elástico
nas supostas mãos leva a rebentar
a realidade de ser prático.


O começo é diferente e o fim penoso
abrigado da chuva a correr
por baixo dos pés do receoso
a cultura educativa está a enfraquecer.


A voz silenciasse na tristeza
sonha os próprios sonhos e ilusões
sobre a liberdade desta pureza
na espera de melhoria nas eleições.




SEGUIDORES


Um criminoso só é bom
quando o nome não tem dom
respeitado pela sua alcunha
no rosto perene na nova manha.


A dignidade revolta-se oposta
liberta o que serve de proposta
as pisadas transita
para lá da porta.


No corpo tatuado estão os códigos
da personalidade dos paradeiros
no silêncio identificado escutado
manter a vida por um recado.


A selva entre questões de raça
cada segundo é pontual na praça
controlar os gestos intimidadores
respeitar os seguidores.


O valor foi fechado a sete chaves
cada um depende dos olhares
quando está sozinho no quadrado
falando com alguém ao ouvido.


O medo é escondido como não tivesse
a sorte passa entre pedintes
que tem tudo para dar sem valor
agradecido por um Adeus seguidor.




SAGRADA FAMÍLIA


Sagrada Família a tua fortaleza é forte
à eficaz tentativa de te torcer o braço
quebrar a antiga reacção equivalente
ao termo solucionável do embaraço
independente da perícia de lado a lado.
Enfraquecer a raiva e desabafar a fúria
não ter medo de ser mais um enfrentado
continuar a lutar pelo amigo da euforia.
Que tanto olha e não esquece nenhum
à mais rara recordação que se lembrou
e o tempo nunca se demorou para algum
para o que há-de vir por onde passou.
Subordinar o infinito ao longo do tempo
excluir o negativo próximo da coerência
no benefício a revelar o oculto procurado
em saber a designação da pacata inocência.




MÁQUINAS POLÍTICAS


Podemos combater as máquinas robóticas
e também o sistema político.
Tudo o que é dado são reduzidas
parcelas políticas por um único
voto. O poder é dos deputados,
nós só votamos para eleger o candidato,
eles é que gerem os acordos
para somente governar o País rotativo.
Os robôs procuram a perfeição
imaginada pelo homem civilizado
criando inovação saliente de correcção,
fazendo girar o Mundo abolido
do prazer natural. Por sua vez
este mundo real de robôs, obedecem
a um componente que nos é dado de invalidez,
substituindo por nós e tirando-nos a capilagem.
O Governo dá-nos a liberdade da escolha;
a Anarquia ou a Sociedade; se, não votarmos
ou não aderirmos, o Poder perde o poder; quem tinha
o poder seria o Povo. Não quer dizer que seja, ou sejamos,
a favor da Anarquia, pelo contrário, sou a favor
da Civilização, aí "acabava-se" com a hipocrisia
do capital; apelava-se à Paz; cristalizar
a vida para sorrirmos com a divisa.
 



VISUAL


A vida é de percursos e atalhos
ninguém nasce ensinado de saberes.
Os pobres querem ser cultos;
os cultos não querem ser pobres.
Uns dizem que: "O saber não ocupa lugar";
outros dizem: "Burro velho não aprende línguas".
Salvo seja; a imposição compete comandar
as competências que estão às avessas
nos diferentes tipos de convicções
avaliadas com o entendimento de cada qual.
Estabelecer a posição de reflexões
sobre a contraditória da igualdade parcial.
Manter a palavra seguinte ressurgida
com nova interpretação, até outra nova,
ditar palavra a palavra progredida
ao bem que nos faltava.
Exercitar o vocabulário Nacional
mesmo amadurecido aprende sempre
e não se esquece do traiçoeiro visual
de cada interpretação permanente.
Corrigir para piadas os assuntos sérios
em servirmos como meio de apresentação
nos trilhos com rebentos presidiários
ramificados de geração em geração.




FORTALEZA


Há coisas explicadas
que não vais perceber
tens que saber entender
analisar as palavras.


Tenho esta realidade
exposta dentro de mim
a olhar para ti
comparando a objectividade.


As tuas palavras são diferentes
ao meu pensamento
mudando o dia incerto
sorrir com maneiras precedentes.


Tenho esta tristeza
e esta alegria
que faz ser a minha vida
protegendo a forte fortaleza.


Tudo aquilo ficou para trás
o seguinte serve de motivação
em unir e viver a conjunção
contrariar quando é mendaz.




NOMES


As pessoas da minha aldeia
cumprimentam-se na rua
desabafam com quem intercaleia
até chegar à porta da sua rua.


Os anos esquece quem fica
para contar o tempo de um antigo
as ruas com os seus nomes fica
elogiando a evolução pelo motivo.


Já compreende o razoável do político
interessa-se por cultura e causas
obedecendo ao caminho certo
da mediática razão das breves pausas.


Quando fores cidade diz-me
como cresceste desde cá não estou
agora sei em que subestimaste-me
da minha presença que também contou.


Quais são os teus sonhos e pesadelos
abrigando o pensamento eterno
escolher a atenção dos teus vocábulos
progredindo face ao movimento sereno.


A alvorada desperta os raios
transparecentes sobre a opinião
do progresso construtor dos laicos
que conquistaram uma religião.




FRAGMENTOS


Ignora o que vês
e não o que sentes
só o pensamento fica
a imagem apaga-se e desfoca.


Associa o verbal e o visual
com uma clareza no ideal
apaga a luz da escuridão
para concretizar a concretização.


O final nunca é definido
nesta rotação do Mundo
apenas foi esclarecedor
servindo como interrogador.


Imortal existência
negada na inocência
caminhando sem rumo
qual o seu arrumo.


Directrizes coordenadas
salvadas nestas palavras
abreviando um espaço
com o seu abraço.


Levando a sombra
até não haver a fronteira
deixando um rasto
até ser apagado pelo o vento.




ROSTOS MARCADOS


Enfrentei de frente o fogo
a coragem até me superou
as marcas ficam em cada rosto
de quem chorou e não chorou.


O medo ausentasse na escuridão
o nascer-do-dia faz-me sentir vivo
outro dia para a finalização
procurando o que está apelativo.


A minha vida preocupa a todos
a força que eu tenho é eterna
na presença os motivos
a saudade será sempre eterna.


Falam por entre o olhar
o cego só fala quando é ouvido
o surdo não sabe escutar
o mudo tem de aprender o alfabeto.


Entrei sem nunca ser o pensável
nesta viagem nova inesperada
através do mapa transformável
por quem anda e não anda.




LIMITE ANALÓGICO


Os limites reconhece a realidade
afrontando o possível analógico
dar a igualdade por igualdade
de concordar e desacordar o analgésico.


A liberdade de expressão é o veneno
do seu próprio antídoto expressante
dialoga o fixo argumento do pleno
o acordo parte de uma parte.


O sonho e o pesadelo são animadores
nos pontos de vista para cada um
imaginar no real o olhar dos olhares
de quem sorri e esquece algum.


Desejo abstracto de sensação silenciosa
alegrando o remorso pelo o próximo
uma alegria vingadora receosa
em voltar a sorrir dentro do abismo.


A vitória e a derrota é a grande luta
deixada numa geração vindoura
dada como lembrada ou esquecida
na história por quem é prometedora.

segunda-feira, 14 de julho de 2014




ESTRADA VERDE-MARFIM


As árvores são como tubos de oxigénio
que rejuvenesce a terra cheia de vida
de um olhar que não sente quem é génio
sobre a definição composta de matéria cruzada.
Miradouros erguidos como colunas do céu
delineando caminhos terrestres
na frescura de um perfume androceu
que paira sobre o ar com o som alegre.
Planície infinita do sossego
que abraça o princípio do fim
de um longo tempo que não nego
a existência de um amuleto de marfim.
 



NÃO TENHO NADA A DIZER


Trespassando a claridade para a escuridão
absorvo os fragmentos depositados no olhar
de quem não vê a riqueza, num estado são,
transformando-se naturalmente com o passar
do tempo alterado por outrem que não sabe
fingir a fraqueza adulterada continuadamente.
É a continuação que me fez pensar seriamente
sobre o qual se manifesta sobre si aparente
sentir o que necessito para expor vestido.
Tudo o nada se resume a uma vida rica
de saber estar posicionado perante o ditado
de um outro lugar ocupado por experiência
que ensina o desconhecido marulho.
Sonho nesta concreta fantasia realista
afastando a imagem proporcionada ao barulho
de um murmúrio sobre mim na insistida
de impor a constante lei que transfere
para uma personalidade contrária no desenvolvimento
da perspectiva de ser igual, referente
à moral respeitada pela conclusão paciente.




QUAL A VERTENTE DOS JOVENS


Qual a vertente dos jovens
que habitam nesta selva
rodeada de hipocrisia, de alucinações,
que nela se apresenta consolidativa.
Qual a vertente dos jovens
que opinam nesta cultura
transmitida de imagens
comerciais, populares, a cicatrizar.
Qual a vertente dos jovens
que radicalizam nesta ida
colocada com fundamentos algures
sem retorno para uma vida.
Qual a vertente dos jovens
que constroem acontecimentos
inéditos ao olhar profundo dos rebeldes
modificando as directrizes dos diálogos.
Qual a vertente dos jovens
que se escondem por detrás do pano
vazio aos olhares dominantes
no abstracto sentimento profano.
Qual a vertente dos jovens
que se abastecem com combustível
inadequado para a rodagem
calculada no seu possível.
Qual a vertente dos jovens
que lhes explicam alterações
adjacentes às origens
que nele sente aberrações.
 






SÓLIDO


Quando eu era pequeno pensava que;
as pessoas eram feitas de cera,
as pessoas viam-se a preto e branco,
as pessoas seriam as estátuas raras.
O pecado veio com a idade de uma idade
perdurada para nascer o belo de um corpo
ao tornar-se inquietação de escolher aonde
muda a cara da liberdade da paz refugiada
querendo ser só desligar a escuridão.
Quando eu era pequeno pensava que;
as coisas mexiam sem esforço nenhum,
as coisas seriam vivas onde as coloque,
as coisas pareciam coisas já vistas.
Fazer parte de tudo isto para acreditar
por eu próprio as surpresas finitas
e apenas sou como tu do medo de falar
com a voz de uma verdade alta de achaque
nas divulgações de como foi para amanhã.
Quando eu era pequeno pensava que;
as diferenças podiam ser parecidas a,
as diferenças jogavam com o passatempo,
as diferenças faziam a igualdade.
No global de uma presença do tempo
a reenviar as emoções para uma amizade
que sabe esquecer o que não quer ser
em incertezas para muitos o permanente
no voltar das costas com algo para dizer.
Quando eu era pequeno pensava que;...




A GARRAFA DO MAR


De onde vem as frases originais
dentro da garrafa flutuante no redor
da novidade para a idade renascente
de rostos diferentes por locais habituais
esqueço e vivo a sombra do esplendor
atraída para a inquietação do penitente
esgotando as gotas do oceano que segue
para as águas quentes daquela maresia
absorvo a corrente marítima de falar
apaixonado por coisas que distingue
a minha necessidade do que aconteceria
em todas as nuvens outro paladar
na câmara ardente retiro o papel
e penso no que está escrito e de onde
e de onde veio esta magia sem idade
não sabes o que é oculto para o real
afastando a ideia da direcção do poente
de cada dia de luz e escuridão no humilde
inserido num puzzle da sociedade
que sai à rua trazendo o campestre
para a fome de uma refeição esquecida
de um corpo comestível para a morte
exaltando todos os espíritos terrestres
na vida de um poema que sai na alvorada
a luz apaga-se e por só a música cintila
nos cinco sentidos que imagina mais um
ao dom solitário com a fuga de dar à costa
para a terra esquecida de uma ala
e saio daqui sem mais ver e ser "fatum"
imaginando ainda coisas sem fim de volta.




LETRA-VÁCUO


    Nada algum aposento se camufla
sob o verde e o azul diluído de visibilidade
transparente aspirada no Templo
coberto de um tempo determinante
sem soma total contida no núcleo
fechado num espaço circulado pelo vácuo.
    Nada algum segundo é perdido na macela
milagrosa refinada com químicos
anti-corpos inadaptáveis aos efeitos secundários
remetidos no reforço de um outro nome científico
a prazo de conclusões precipitadas na formula segredária
esquecida num expositor vidrado, em acrílico,
esculpido pela sombra sombreada no chão secundário.
    Nada algum sobrepor se une virgem
numa só salvatela selvagem primária
na origem recriada no laboratório em listagem
primaziada da temporalidade máquina humana
injectada de variações de várias raças irracionais
ao pensamento transparente diluído em fórmulas
combinadas e reversíveis a um erro quais
as formas de compreensão ao sinónimo da porção
determinante com soma total contida no núcleo
multiplicado num espaço circulado pelo vácuo anão.
    Nada algum momento da era permanece como planeo
com a história narrada nas palavras primitivas
de técnica viva e de directrizes imigradas
apreciadas às limitações conjugadas
por ele existir só e acamado letra sobre letras.




TELEJORNAL


O telejornal anda-me a alertar
para acautelar sem repor que volte
a acontecer doenças a acabar
comparando letras com músicas, ou até;
ou até, músicas com letras,
ou até; palavras com sinónimos, ou até;
ou até, sinónimos com palavras.
Acolá; aqui; ali;
aqui; ali; acolá;
ali; acolá; aqui.
Parado acabo pondo música oral
ouvido surdo zumbindo morto moral
anunciado registo sofrido Mundo coral
importado rápido abraçado delato zoal.
Acolá; aqui; ali;
aqui; ali; acolá;
ali; acolá; aqui.
O telejornal é português, também, há ingleses
a imagem é igual de diferentes planos
soprados por tubos de alguém desses
que dão notícias de ter ainda a permanência
de saber aprender, ensinar, educar, (incriminar)
até à velhice hipotecada de lembranças
de uma vida que a viu nascer para conquistar.




ATENÇÃO


Atenção ao movimento igual do Mundo
com o mesmo sol que brilha para todos.
Atenção à mudança que fazes no sortido,
atenção, à atenção quando chamam por todos.
Balança de pesos igualáveis
invisível força unida sem presença
combatendo com armas difíceis
na chegada dos olhares à distância.
De onde vens que não sabes regressar
ao nativo, dá-me a tua morada
que eu te ensino o regresso, para estar
acompanhado numa outra paz comprometida.
Atenção ao larápio ao que rouba
talvez te interesse a mercadoria fresca.
Atenção à prostituição revendida,
atenção, à atenção da concorrência maléfica.
Compensador crime lucrativo
fronteiras abertas ao precedente
modernizado paleio para com o activo
qual a troca por este presente.
Tens a entrada e a saída do teu lado
habitat poderoso que te caminha
por esta primitiva cidade urbanizada
jogando para uma vitória que ninguém ganha.
Atenção ao que vem a seguir
será que já houve e ninguém viu.
Atenção ao aviso que está a surgir,
atenção, à atenção da atenção que sumiu.




PÔR-NASCER


Quem não tem um sorriso
Quem não tem uma voz própria
Quem não tem um poder imerso
Quem não tem uma vivacidade temporária
Dentro da solidão que se esquece
Dentro da lei da bala
Dentro da fome que se prevalece
Dentro da organização planada
Sustentada por uma única ideia
Sustentada por aglomerados
Sustentada por uma colmeia
Sustentada por caprichos
Procurando o Sol Nascente
Procurando o saber acreditar
Procurando a procura crescente
Procurando a explosão a rebentar
Algures num rugindo de um leão
Algures numa lágrima de um crocodilo
Algures num primitivo ancião
Algures numa fúria do Nilo
Presidiário ao ciclo consciente
Presidiário ao suposto corpo
Presidiário ao capítulo fluente
Presidiário ao carácter retrogrado
Envolvido com uma imagem
Envolvido com um silêncio
Envolvido com uma blindagem
Envolvido com um prefácio
Ausente quando o lêem
Ausente quando finge querer
Ausente quando o apreendem
Ausente quando sabe esquecer.
Nesta única vida original
Nesta única tristeza triste
Nesta única compaixão natural
Nesta única alegria alegre.




FORÇA INVISÍVEL


Lugares familiares esquecidos na imaginação
que não perde a sua realidade nos confins
da existência presente numa só afirmação
quando os momentos recordam os seus fins.
Trás-me de volta a memória a motivação
de como vou voltar outra vez a contemplar
sobre o mesmo sítio sobre a exaustão
até não parar de nos ver-mos a falar
de nós próprios dos pequenos promenores
que nos ajudou simplesmente a ser.
Recrutas-te-me para a história sem brevidade
a tua coragem alinhou-se no fim a crer
apenas fui uma pequena força invisível
só tu é que viste a puxar para o limite.
Não percas essa força invulnerável
posso precisar quando não me lembrar que existe.
Que mais há para ter a não ser amigo
na luta desigual pelo mesmo destino abstracto
que olhamos e vimos um tempo fugitivo
por entre outros de um pensamento convicto.
Espaço abundante de fantasias e terrores
quando a voz estremece cá dentro no silêncio
credível que não acreditamos no real das torres
acessíveis à linha do horizonte longínqua por um fio.
Ninguém me roubou os sonhos do passado
guardados num cofre aberto de dia e noite
a razão de viver para aonde aponto
uma mira que não vê onde acerta no alvo distante.




FICÇÃO-CALOR-DEGELO


Sou esta realidade que me ultrapassa.

Montanhas sólidas cercam a terra;
montanhas de gelo cercam o mar.
Caminho pegada por pegada que enterra
no vazio, na procura de outro lugar.
Nasci neste lugar, em forma de pessoa
perguntando-me se sou mesmo daqui
ou se sou de todo o lado, hora que refresca
o congelamento que eu tenho por onde parti.
Rodeia-me ora muito frio, ora muito calor,
por fases diferentes que preciso constantemente
quero ter o degelo em mim, sentir o calor com valor,
para trás posso voltar, buscar o momento pendente.
Solidez que quebra com o tempo seco
no interior desta película ágil sem velocidade
controlada de saudades antigas do ar oco
que julga quem eu sou querendo ser ponte.
Presença repartida neste vale extenso
que me abriga, que me tapa a visão,
da linha do horizonte que vou alcançar, imaginando
a minha imponência sobre a ficção.
 



ORIGENS POLIDAS


    Dá-me uma palavra do nada aniquilado
para que nada passe, pelo nada sobre mim;
uma abreviatura do teu nome polido
dos meus neurónios, na busca do lascarim
perdido no meio da multidão revoltada do nada,
de nome "Água de Faísca", por ter nascido
no dia de uma tempestade; o teu nome foi pensado, pensado,
para ser o mais adequado à era passada.
    Para que finalidade, o meu nome ser clamador
se reconhecem-me mais pela minha cara, pelo meu físico;
depois surge o meu nome, na forma mais fácil de conhecer;
por respeito; por rótulo; por formas imaginárias de sobreposição,
do meu nome ser de origem irlandesa, de uma aldeia ou de uma cidade algures,
assente do nada de onde surgiu, provavelmente, uma vida humana
isenta do valor específico Terra ou Mundo sob os poderes
espirituais atribuídos só à força mental alimentada de gana.
    Tenho um nome guardado, dentro da nuvem
moldada de meu nome, na positiva imaginação
frágil e apedrejada quando os nomes dissolvem
coincidências da "moral conclusão"
sabedoria, imaginação, do nada aparente,
pensativo no acto do nada
se me chamasse pelo nome "Cata-Estrofe",
talvez, renomeado nas traduções da palavra nada!




SENTIR FALTA


Não sei qual é a gravidade da Terra.
Não se qual é a distância do Universo.
Não sei qual é a estrela rara.
Não sei qual é a força inversa.
Até posso saber, como são
as marcas que existem ocultas
na existência velha que tomam
por esquecida nos parâmetros conjugados.
Que há para além do olhar.
Que há para expôr fora.
Que há para conquistar.
Que há para dentro da aurora.
Será que reconheço o esquecimento
clarificado de um momento com retorno
que leva sobre mim quando existo
numa aventura desenhada de contorno.
Salvo-guardo uma memória
que impressiona a outrem.
Tateio numa superfície que me pesaria
se eu transportasse para onde querem.
Raízes ramificadas numa outra terra.
Crepitação de barulho abafado.
Lugar insólito de um tradicional que desenterra.
Capacidade cúbica que encurto.
Não sei o que há no desconhecido.
Não sei o que há na realidade.
Não sei o que há no concreto.
Não sei o que há na temporalidade.




PÁTRIA DE UMA PÁTRIA


O Gato comeu a língua da solitária
que estava escondida pela face
não dizendo um sorriso próprio
no amar eterno aonde tudo nasce
na pobreza de uma terra vermelha
ao pôr-do-sol de raios alaranjados.
Os Gatos sentem o cheiro da armadilha
ao virar da esquina dos iluminados
continuando em ser presença contínua
na porta de qualquer um para uma família
acolhido e abandonado ao olhar que acentua
num debate exposto no meio da tertúlia.
Pássaro branco avisa a volta da ameaça
e poisa no meu ombro seguro à aproximação
o medo não nos separa antes que apareça
dentro das grades da protecção
sem teres medo de cantar quando não existe
silêncio nervoso pela extensão verde.
Pássaro branco levaste-me à tua casa distante
para aprender a ouvir a simplicidade
de ser livre à distracção do artista
imaginando por fim que não são só Gatos
por cada árvore imóvel fixa erguida
às raízes dos locais diferentes desertados.
Os Ratos da minha cidade gostam mais do rio
perfurando os pulmões do nosso ar
espreitar dentro da máquina do guerreiro
infectando a desculpa que tem a dar
de existir as mudanças do natural
questionável por quanto tempo é a tua casa.
Os Ratos lembram-se se estive pontual
em pôr a tigela de uma asa
com veneno disfarçado pelo o caminho
escolhendo a cobaia irresistível no olhar
analfabeto às letras escritas no pergaminho
descoberto nos últimos anos a mudar.




O TOTAL DE UM VALOR


O peso das palavras subtraem com o valor da vida
quando os motivos são novatos
que irão nascer para o real digital do passado
e falar através do pensamento com os netos.
O tempo não pára nós paramos no tempo
e fingimos que continuamos a percorrer
a distância do intervalo paralelo ao campo
da imaginação adolescente sem prever.
Todo o vice-versa volta ao princípio
sem nunca sequer falarmos do propósito
e digamos que não entendemos e está tudo evoluído
sobre a acção de certas cores e certo murmúrio.
Contribuímos para a conclusão do momento pendente
da ignorância da escolha que subestime ao perigo
que odiamos quando existe e amamos quando não existe
a soma da perturbação acumulada no corpo de um pingo.
Desfazemos sempre as consequências perdidas
de um sinónimo anónimo para a comparação
da equação de resolução infinita para as parcelas
sem retirar a nossa inocência com a vossa introdução.
A divisão de vários mundos por nós torna-se num só
à espera que ainda se construa o Mundo
com determinadas medidas e coação
dentro da multiplicação sem saber o total parado.
Pela educação o carácter faz-se sentir
a transmissão de uma solene dúvida
pela força das palavras quando são figuras de reflectir
nesta imagem cada vez mais ampla.




XADREZ


O impossível é uma lenda dizendo sempre
sem saber a verdadeira história perdida
que segue na força dos ares ao retirar o apre.
Tudo são vozes que ensinamos à dialéctica
guardando a voz em guarda podendo ser real
ao fruto da dúvida tornando tudo em pecado
o pensamento que faz ser em ser uma moral
desafiando as leis da consagração ao ser lembrado.
Imoto na figura duma pedra de respeito
à conclusão de uma lógica com resposta
apontando para a recordação de um afecto
do local onde deixa ambições em terra remota.
As lendas sabem o que foi e fez falar assim
na superfície tacteada por ela já existida
nunca vista a preto e branco nem em livros de cetim
a brutalidade e o temível suga-se em toda
a honestidade mesmo sendo ele inimigo parcial
discordando a atenção de um velho acordo
de uma verdadeira união fictícia morta na horizontal.
Um símbolo de como as pessoas são como fogo
tatuado num braço como proeza ao receio
tirar do bolso um aviso esperando ser concreto
ao escudo de um país prevenido pelo prévio
expulsando as vozes interiores progressivas do imediato
entregar-se por uma causa justa para a solidez
debatendo as ordens por eles tracejadas para a absolvição.
O sangue invisível é raptado insensivelmente do xadrez
ao xeque-mate da palpitação de uma saída sem punição.
 



ARMAS AO MUNDO


O fogo destrói corações sentimentais
nesta forma de amar clandestinamente.
Mrs. War; apaga estes sofrimentos banais
que te consome tanto a vida permanente.
De mão na arma seguindo o caminho
sangrento como um senhor da morte.
Nunca consegues acabar com o intruso
controlado com forças em certo porte.
Esmagador é a maneira de pensar
de ambas as partes levando a destruição
de bens pessoais, morais e o lar familiar.
Em nome de um Deus mata-se pessoas sem noção
de que o Mundo é para todos serenamente,
não para se matarem por um pedaço de terra
ou por uma razão. Acordem para a realidade
e parem com esta opressão de guerra.
Somos manipulados neste pequeno teatro
perpendicular ao público abafado na respiração
por um tempo inesquecível sob a forma de primeiro
princípio de alegria que o levou a lutar na consagração.
Quando as cordas dos braços se partirem
ficando sem direcção para apontar.
Quando as cordas dos pés se partirem
não podendo correr nem caminhar.
O que é que o Português tem para dizer ao seu país
ao tirar a mordaça da infância que o fez ser.
O que é que o Japonês sente na sua honra pelo seu país
que o trata como uma adoração no que fez parecer.
O que é que o Africano; o que é que o Americano;
o que é que os outros povos têm para dizer, que fazem calar.
Uma mão vazia nunca está vazia rodeia-lhe sempre oxigénio
que a faz respirar neste ar suicida de vozes a declamar.




PIRATAS


A máquina programa a identificação
para não sentirmos-nos sem informação
vigiada através de câmaras ocultas
não passando despercebidas as presenças
retratando os perfis dentro do momento
para servir de precaução ao perigo.
Sentimos-nos oprimidos por usar ou não usar
porque o nosso nome espera a chamar
com o perfeccionismo enquanto somos humanos.
A eficácia quer acabar com os duplos
prevenindo as réplicas das identificações
neste mundo de pirataria de produções.
 



INTÉRPRETE


SENHORES E SENHORAS
o espectáculo vai começar
corram as cortinas
as personagens vão actuar.
O silêncio faz-se sentir nas palavras
narradas de emoções de um coro
sincronizado nas procuras
de um sentido retro.
Distinguindo o que é seu e não é
retirar o que foi esquecido e dizer
que também surgiu de outra pessoa que é
semelhante à evolução a decorrer.
Os aplausos ecoam no escuro
prolongando as vénias da propaganda
de uma parte do esforço prematuro
num lugar comum de aviso à badalada.
Sentimentos alegres para a projecção da memória
sem nunca sorrir por momentos calmos
quando a fúria aparece na fonte ilusória
contra-dizendo a saída dos resguardos.




A sombra da luz reflectida
numa imagem em sua frente
que aparece inanimada
na forma de desenho aparente.
Quantos desenhos, já construíste
para a tua pessoa com a imaginação!
Nunca deixes de imaginar o presente
com os desenhos de uma animação.


domingo, 13 de julho de 2014




NAVIO A PILHAS


A solidão
penetra pela colisão
de nós próprios
levando-nos pela corrente do rio.


Navegamos várias milhas
num navio de pilhas
que (não) se abastece
no que acontece.




PREDADOR SELVAGEM


O Homem é mais predador
do que um selvagem
criando e imaginando, o horror
de cada rosto, de cada paisagem.


Apenas predador dele próprio,
e o selvagem um sobrevivente,
que reflecte o rosto sóbrio
sobre a água corrente,
que se afoga no espaço
das diversas mentes
deixando traços
contínuos e salientes.




MARIJUANA


Não me obrigas
ao teu teor
das tuas folhas
com o teu poder,
é tudo uma ilusão
para quem não te conhece
mas a grande ilusão
é a morte.


Já foste sagrada
para com outros povos,
hoje és rejeitada
por outros povos.


És a única
que não cria dependência;
És a única
que não cria tanta violência;
És a única
que não criou uma só morte;
És a única
com tal porte.




DOMINAR


As pessoas já não param
para pensar sob'o que lhes rodeia.
Já não volta sobre o que lhes rodeavam,
do mundo da epopeia.


Só recordações que ficaram gravadas
de uma época que se inspiravam
com a vida, um modo
como as suas vidas circulavam.


O Mundo chegou ao fim
já não há estrada para caminhar
em algo que estava confim,
algo que queria dominar.


Agora sou dominado
no ecrã de duas dimensões,
onde os dados são lançados
conforme as minhas condições.


É o consumismo independentista
que me torna dependente
aos foros capitais dos capitalistas
transformando a tecnologia em obra de arte.




POVO PRIMITIVO


A fome morre de sede
por entre a escola primária;
o dia alvorece
sob a parada electrónica.


Começou o dia de mil anos,
política e religião,
nada desvanece nos anos conjugos
traduzidos na feliz oração.


Sentimentos cruéis desalinhados
na roda da vida
defrontando silenciosos gritos
como harmonia aguda.


Sem que ninguém consiga
chegar aos pulsos
do Governo, que mastiga
os nossos ossos.


E o Zé Povinho alegre
sem compreender nada
tornando o sistema pobre
do seu amigo camarada.




BASTIDORES


Bastidores,
a ala que alivia as dores
e quando saem, sorriem
naquilo que nos vai roendo.


No combate
vamos em frente
no que compete
há um que está na frente.


Divulgação é a comunicação
da destruição
da tua comunicação,
a tua evolução.


Evoluíste e reproduziste
naquilo em que disseste
e nunca me respondeste
à questão em que fizeste.




MAR MORTO


Mar Morto; a atracção
que ainda está para ver
através da solidão
sólida que ainda está para viver.

 
Tão sólida como um sonho
que paira na imaginação,
sentida na liberdade de uma pomba
com as asas da civilização.


És salgado e já foste doce,
pelos desvios
que não foi através dos séculos;
               -SÉCULO XX-              

     

sábado, 12 de julho de 2014




CONTRACENAR


O Supremo Deus é a Natureza.
Nada se perde tudo se transforma
à imaginação do Homem,
destilando a sua pureza.

...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...  ...

Seguindo rumos imaginários;
desertados no deserto imaginário.
Contracenando na corrente do rio;
suplicando nas profundezas do rio.


As linhas da Vida
do nosso Destino que se cruza;
com Jesus Cristo pregado na cruz
morrendo para que a nossa vida não seja sacrificada.


Tudo faz parte da História
sobre a imaginação das pessoas
que contracenam com os séculos
na anatomia arbitrária.





ÚLTIMA ESCOLA


Happy birthday ...
continuem vocês
que eu não sei o inglês
a minha língua é só o português.


Na escola não aprendi
a escrever as minhas composições,
mas é lá que eu me vou construir
nos direitos e obrigações.


Cumprindo no dever da pátria
mas não quero
morrer em guerra fria.


E pergunto a mim próprio:
-Qual é o inimigo?
-Somos a muralha da pátria?
-Qual o motivo?


Não, somos seres humanos
os nossos líderes é que nos usam como cobaias
nos conflitos políticos,
transformando-nos em soldados de plástico.





IMAGINAR A SONHAR


Persegue-me os sonhos
durante a noite
que tento esconde-los,
uma vitória do coiote.


Quero aprender a sonhar
sobre o inconsciente do Mundo;
quero aprender a imaginar
sobre os sonhos da vida.


Imaginar com os sonhos
que ainda não realizei,
ser tão feliz por momentos
como imaginarei.


Como era bom viver
sem os tormentos,
como era bom renascer
com os sonhos.


Sonhar com a imaginação
perseguidos durante a noite
pela minha personificação,
uma vitória sobre o coiote.





EGO


O ego tem a capacidade
de se afastar do resto da mente
ou deixar-se ir com ela,
entrando em delta.


Encontrando-se num oceano
de possibilidades de clima ameno
sob a contemplação
gerada pela antiga reacção.


Recolhendo todo o absorvente
do inconsciente e do consciente
sem quebrar o subconsciente de sonhar
sobre a linha imaginária.





ESTRELAS


O Governo sofre o prejuízo
os capitalistas têm as indústrias
que fundem o ferro para as bombas,
o povo trabalha sem juiz.


Dão a mão-de-obra
para erguer as quatro paredes,
isolados insolentes
temidos por uma situação pobre.


As cidades já se encheram de vida,
venham, venham ver as estrelas de cinema,
que se inspiram de vida para vida.





CRIANÇAS


Oiçam as crianças
a gritar por socorro,
para lá das montanhas
na terra do desespero.


Tudo depende da infância
em que se manifestam.
Salvem as crianças da ignorância
da sociedade que lhe apresentaram.


As crianças justificam-se sobre o povo,
o povo sobre a Humanidade,
e, a Humanidade sobre o Mundo.


Mas para agirem têm dificuldades
por não haver outras ajudas,
presentemente para um futuro.


O futuro são os capitalistas
que têm o poder absoluto;
o dinheiro.


Daí a pobreza é uma parte do crime
pela nossa Humanidade sobre o Governo.
Interrogo-me!

 



ANJO DA GUARDA


-Porque choras?
-Quero escrever um poema,
um Deus que me desse as palavras
para não chorar mais com os outros poemas.


Uma nova canção
que me faça alegre com uma força,
para caminhar a ouvir o meu coração
que dirige-se para uma nova raça.


Em mim quero ter confiança
para desafiar o instinto,
através da diferença
das cores do destino.





REVOLUÇÃO INSTRUMENTAL


Vou comprar uma semi-automática
que dispara notas
e com a prática
entra-vos pela carola.


É a revolução
intrumental
da civilização
do fundamental.


És a a minha semi-automática
dos seis gatilhos
tornando os tiros em fantástica,
fantasia dos pirilampos.


Que se transformam
nessa revolução instrumental
como meio de comunicação
do fundamental.





DIREITOS INDEPENDENTES


Somos três caminhos paralelos,
oposto por um outro caminho
que os cruza imaginariamente,
retornando ao caminho referente.


Não sei quem somos
no mundo onde crescemos;
o bicho das 1001 cabeças,
o ser das multi-ideias;
suponho como película
adormecida pela anestesia
complexada
nas imagens sem legendas.


Como o Mundo é pequeno
no meio desta confusão interna
difícil de se entender
e fácil de se compreender.


Nos interesses políticos,
os pobres
que façam os lucros
para os nobres
gozarem de todos os lucros.


Tanto dinheiro para fazer
um jogo de futebol,
alguém tem que ter o prazer
deste aroma de mentol,
sabendo a um ardor
à sociedade portuguesa,
com o rancor
dessintoniza-se com a frequência.





LIBERDADE


O sonhador caiu na tentação
de imaginar um mundo,
na qual, a sua conclusão
dum longínquo passado.


Se imaginarmos
não houvesse Deus
como seriam os sentimentos
escondidos debaixo do véu?


A quem podiam ajuda
nos momentos mais difíceis
se não houvesse o Buda,
a quem se lamentavam os fiéis?


As pessoas esquecem
que todos nós somos deuses;
a quem nos faz requerer quem.
Algo que não soubesse
como é a liberdade
de um sonhador
quando percorre pela cidade
onde sente que é dor.





CONSTRUIR


Olha em tua volta
e diz-me o que vês,
eu vejo que andas às voltas
nestes prédios de cem andares.


Agora és a maior cidade
antes de ti existia uma planície.
A muralha do vento,
o chapéu de sol, que nos assombra.


Como o Mundo é redondo
os de baixo andam ao contrário,
como já não há o relvado
onde está o teu rebanho hereditário.





VEIAS


Caíram as estrelas
ficou o céu,
uma nova tela
para pintar uma visão.


De geração para geração
o Mundo pára
nas subjecções da multidão
de cara tapada.


Com ideias sónicas
abastecem corações
recarregados de insónias
nas veias de ilusões.


Os dias são assim
feitos por vocês
proclamados a fim
de votar no português.


Nativos de uma Nação
erguida por ti, Povo,
por ti é assinada a Sanção
do teu Destino côncavo.


Sê livre liberta-te
da ausência que sentes
pela conquista que ata-te
nas veias celestes.

 



EIXO


Imagino um peixe
preso à água
num mundo sem eixo,
onde a sobrevivência reina.


Imagino o deserto
no meio da areia,
onde os oásis por certo
São fonte imaginária.


Imagino o nosso mundo
rodeado de liberdade,
cheio de ideias; voando
em sentido precedente.